Qual era a expectativa que tinha quando começou a competir?      

R: No começo, fui impulsionada pela curiosidade de saber como a estrutura do barco funcionava e como acontecia a energia solar.

E o que aprendeu com a experiência nas competições?   

R: Depois que entrei na equipe tive um contato mais técnico de um barco: como eram definidas suas funções, desempenho, e, claro, como funciona a montagem de um barco para uma competição nacional com outros estudantes. Também aprendi como era o ramo da Engenharia e Tecnologia.

Qual foi o momento mais marcante nessa trajetória, após todos esses anos atuando?

R: Como competidora, a princípio tive umas das minhas primeiras experiências de trabalhar com uma equipe mais profissional, que saia da sala de aula e via na prática um pouco do que era aprendido: cooperação da equipe, trabalho e execução de projetos.

Lembro do exato momento, durante minha primeira competição, em quem pensei e decidi que era aquilo que eu queria fazer da vida. Seguir a engenharia e almejar estar em equipes que eram maiores que a minha, por exemplo. Afinal, eu estava no nível técnico e as demais equipes eram de ensino superior das maiores universidades do Brasil. Isso me marcou bastante!

E quanto aos desafios e dificuldade?

A experiência com os acidentes também me marcou. Pois quando aconteciam pude observar como as equipes ajudam umas às outras, mostrando que o que de fato deve ser levado em conta quando você está competindo. Ou seja, além da parte profissional também é gritante a parte humana do projeto. Um dos momentos que mais me inspira é quando alguma equipe que enfrentou dificuldades – seja por problemas financeiros ou técnicos – consegue, nos últimos minutos de prova, colocar o barco na água e superar todas as adversidades.

Agora que você faz parte da organização, mudou algum ponto de vista em relação a antigamente?

R: Quando competi, achava que a exigência da organização para certas partes técnicas eram um exagero. Atualmente, como parte da equipe técnica, pude me tornei quem eu mais temia, a que é bem exigente com outras equipes competidoras.

No que o projeto influenciou sua vida pessoal e profissionalmente?

R: Participar da competição me ajudou a entender o que eu queria da vida, do que gostava e o que poderia fazer a longo prazo. Decidi seguir a engenharia totalmente influenciada pelo DSB e as experiências que tive com eles, além também pelo conhecimento de um ramo que não é algo tão facilmente acessível.

Algum conselho para os competidores que chegam para o Desafio Solar Brasil Enel?

R: Meu aconselho é que os novos competidores aproveitem ao máximo, pois cada tipo de experiência de estar no DSB proporciona – desde a preparação pré-evento, formação da equipe estratégias e principalmente a competição – possibilitam conhecer a cultura de outras faculdades e pessoas de todo o Brasil. Inclusive, aproveitar para aprender com as dificuldades. Pois cada uma das circunstâncias enfrentadas traz grandes conhecimentos para a vida.