1o dia de competição: tempo encoberto faz com que equipes mudem estratégia

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por Filipe Manzoni

O primeiro dia de competiçao mal havia começado quando as dificuldades apareceram aos competidores: a maré estava baixa demais, dificultando a colocação dos barcos na água, o que fez com que o comitê técnico adiasse a largada, antes marcada para dez e meia, para as onze e meia. Ainda assim, várias equipes partiram atrasadas.

Em meia hora de prova, o barco Vento Sul, da equipe da Universidade Federal de Santa Catarina, já liderava a competição, seguido pelos barcos Cajaíba e Água Viva, enquanto entre os monocascos, a equipe Ipanema, que largara atrasada, erra a rota e é forçada a pagar a punição por desvio de rota e corrigi-la. Por volta das duas horas a possibilidade de chuva já começa a acionar as estrategias das equipes e rearranjar as posições, Peixe Galo assume a dianteira, e Buzios, já sem energia é rebocado para a praia, já nos monocascos, tanto Carcará quanto Gabriela chegam, com uma diferença de dois minutos, antes mesmo de a chuva tornar-se um fator preocupante.

Porém o dia estava ainda no início, em especial para os catamarãs, que teriam de enfrentar um sol totalmente encoberto, e mais tarde chuva, tornando a economia de baterias na primeira metade do percurso um fator essencial para completá-lo. O tempo provou tal estratégia estar certa, pois Peixe Galo e Cajaíba pedem reboque, também sem energia, deixando o caminho livre para Vento Sul, que agora lidera e tem como principal oponente o tempo chuvoso. Com a falta do sol, as demais equipes foram sucessivamente sendo rebocadas, à exceção de Albatroz, que chegou a terra, mas pela rota errada, e Vento Sul, que foi chegar finalmente a terra, com a bateria operando em seu limite, por volta das 7 horas da noite.

A chegada da única equipe da classe de catamarãs que completou o circuito inteiro do primeiro dia foi marcada por aplausos, dada a excelente administração de energia da equipe. Com mais de duas horas de atraso, finalmente o podium recebe seu campeão: a equipe Barco Solar, da UFSC, que provou que mais importante que os motores e a sua potência, foi a estratégia e o uso correto da energia.